30th April 2025

O apagão na Espanha e em Portugal nos lembra de onde estamos quando o assunto é dinheiro físico

Traduzido por Clara Costa - 

 

Para muitas pessoas, o dinheiro é apenas uma opção. Para outras, é a única opção. E há momentos em que ele se torna a única escolha para todos.

Tyler Curtis

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Nos últimos anos, a rápida adoção dos pagamentos digitais ao redor do mundo levou muitas empresas a questionarem a longevidade do dinheiro em espécie. Mas os acontecimentos da última semana na Península Ibérica servem como um lembrete de que não devemos nos antecipar.

Quando a tecnologia ou a infraestrutura falham — seja por conta de um desastre natural, um ataque cibernético ou uma pane tecnológica — só há uma alternativa garantida: o dinheiro em espécie.

 

Para muitas pessoas, o dinheiro é apenas uma opção. Para outras, é a única opção. E há momentos em que ele se torna a única escolha para todos. Porque, quando os sistemas digitais saem do ar, o dinheiro em espécie continua funcionando.

 

Até mesmo países como Noruega e Suécia — atualmente as sociedades mais próximas de serem totalmente sem dinheiro em espécie — já reconheceram os perigos de eliminar esse sistema. Os ministérios da segurança nacional de ambas as nações recomendaram recentemente que todos os cidadãos mantenham uma reserva de dinheiro físico, em caso de emergências como ataques cibernéticos ou desastres naturais. Isso levou o jornal britânico The Guardian a escrever: “No fim das contas, quando se trata de planejamento emergencial, as duas sociedades mais sem dinheiro do mundo ainda contam com o dinheiro.”

 

A Noruega já implementou uma legislação exigindo que todos os estabelecimentos continuem aceitando dinheiro em espécie, e o banco central da Suécia está recomendando medidas semelhantes. Esse movimento vem ganhando força em vários países, com muitos governos considerando — ou já adotando — políticas para garantir a disponibilidade e a aceitação do dinheiro físico.

 

Mas isso não se refere apenas a emergências.

 

As estatísticas divulgadas sobre a queda no uso do dinheiro em espécie podem, por vezes, ser enganosas.

 

Para começar, pagamentos digitais costumam ser preferidos em transações de maior valor, o que pode distorcer a percepção sobre a quantidade real de pagamentos em dinheiro — especialmente porque negócios que lidam com vendas de menor valor geralmente registram uma entrada muito maior de dinheiro vivo.

 

Outros fatores cruciais incluem a localização — urbana ou rural — e o perfil demográfico da sua clientela, como faixa etária e renda. Esses elementos influenciam fortemente na proporção de pagamentos em espécie que um negócio pode receber.

 

Razões culturais também desempenham um papel importante — muitos mercados altamente tecnológicos, como Alemanha, Japão e Espanha, ainda mantêm um nível muito elevado de transações em dinheiro, mesmo com o fácil acesso a pagamentos digitais.

 

Naturalmente, você não precisa que a gente diga o quanto as transações em espécie são importantes para o seu negócio. Você já tem noção de quanto — ou quão pouco — dinheiro físico circula por aí. No entanto, talvez não tenha consciência de quanto trabalho desnecessário está envolvido no processamento desse dinheiro, já que esses custos muitas vezes ficam ocultos nas operações do dia a dia. Por nossa experiência, muitos de nossos clientes se surpreendem ao descobrir quanto tempo, energia e recursos podem ser economizados com a adoção de soluções de automação de dinheiro.

 

Algumas empresas podem se sentir inseguras em investir nesse tipo de solução, considerando a tendência crescente dos pagamentos digitais. Mas acreditamos que, embora estejamos vivendo em uma sociedade com menos dinheiro físico, ainda estamos longe de uma sociedade sem dinheiro. E enquanto o dinheiro continuar sendo uma forma importante de pagamento, nós podemos oferecer soluções que o tornem mais seguro, mais eficiente e, em última instância, mais lucrativo para o seu negócio.

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