É uma agência, mas não como a conhecemos
Nos últimos dez anos, um vasto número de fintechs tem aparecido (e desaparecido).
Zennan Green

É evidente que, no mundo das agências bancárias, algo precisa mudar
"Não há razão para qualquer indivíduo ter um computador em casa", afirmou Ken Olsen, presidente e fundador da Digital Equipment Corporation (DEC) em 1977. Ele certamente entendeu isso errado. Por outro lado, a história da tecnologia está repleta de previsões otimistas demais sobre como nossas vidas serão transformadas. Alguém quer ver TVs 3D? E o que exatamente está acontecendo com os carros autônomos?
A questão é: os gurus tecnológicos, especialistas e a indústria em geral são muito bons em prever com precisão o que a tecnologia será capaz de fazer, mas frequentemente lutam para prever o "fator x"— fator esse que são as atitudes das pessoas, a adoção pelo consumidor, os usuários da tecnologia.
Assim, quando alguém desenterra a famosa frase do Bill Gates que diz "O mundo precisa de serviços financeiros, mas não precisa de bancos", vale a pena lembrar-nos do simples fato de que ele também estava errado. Não haveria serviços financeiros sem os bancos, mais especificamente, as agências bancárias - a interface definitiva entre bancos e consumidores.
Nos últimos dez anos, um vasto número de fintechs tem aparecido (e desaparecido), geralmente trazendo consigo mais um app. Desde pagamentos e micro empréstimos até seguros e investimentos, existe um "aplicativo para isso".
Mas como a pesquisa da Edelman demonstrou, muitas fintechs lutam com a questão da confiança – aquela emoção estranhamente irracional, mas intensamente humana. Nada pode superar o nível de confiança que as pessoas constroem através da interação com outras pessoas – e para os bancos, isso também significa a presença física e muito visual de uma instituição de confiança, regulada e orientada ao atendimento ao cliente. A presença física na comunidade local é um dos maiores diferenciais entre os bancos tradicionais e as fintechs e é muito difícil de se construir em escala.
No entanto, somente no Reino Unido, pesquisas do RBR mostram que o número de agências bancárias caiu mais de 22% entre 2016 e o final de 2020, e uma queda adicional de 20% prevista até o final de 2025.
Quando a última agência em uma comunidade rural ou bairro fecha sua porta pela última vez, os consumidores são direcionados para o caixa eletrônico mais próximo - mas mesmo este tem uma sombra escura, já que os caixas eletrônicos também caíram de quase 54.000 para menos de 42.000. Tem se tornado cada vez mais difícil para muitas pessoas ter acesso aos serviços bancários locais.
É evidente que, no mundo das agências bancárias, algo precisa mudar.
A Agência Contra-Ataca
Existem inúmeras iniciativas de bancos ao redor do mundo destinadas a atrair os consumidores de volta às agências, muitas vezes fornecendo algo que o último app não pode oferecer: cafeterias, centros comunitários, e sim... até aulas de ioga.
Aqui estão mais três considerações para a mistura:
- Conveniência:
É o que as fintechs fazem tão bem, o que é, sem dúvida, fundamental para seu sucesso. Para os bancos, isto pode ser mais do que o tamanho certo das agências físicas, trata-se de colocá-las onde as pessoas querem ou precisam estar. Com o aumento do trabalho remoto, isto também significa chegar mais perto de onde as pessoas vivem. Não seria ótimo fazer parte de cada comunidade, assim como lojas de conveniência ou correios?
- Pessoas:
Não importa para onde você olhe, a automação está acontecendo. Algumas tarefas podem ser totalmente automatizadas, mas muitas tarefas – particularmente em torno de serviços voltados para o cliente – são muitas vezes mais bem servidas de forma híbrida, utilizando tecnologias que ajudam as pessoas a fazer um trabalho melhor.
Pessoas ajudam a construir confiança e engajamento e podem fornecer soluções práticas quando o computador diz "não". A experiência do cliente pode ser automatizada, utilizando tecnologia que complementa o ser humano para melhorar as interações com o cliente.
- Tecnologia:
O trampolim para novas soluções e modelos de negócios é a tecnologia utilizada. Para os bancos de varejo e os de pequeno e médio porte, são soluções que automatizam as transações em dinheiro (além das limitações de um caixa eletrônico), bem como a infraestrutura e a conectividade.
Com a introdução dos padrões Open Banking, as conexões seguras não precisam mais ser confinadas às quatro paredes de uma agência bancária, a localização física não é mais uma barreira - e os hubs bancários compartilhados acabaram se tornando muito mais fáceis de implementar.
Estas não são previsões selvagens sobre para onde a tecnologia nos levará, estas são as coisas que estão acontecendo agora. A Glory também está de olho nestes modelos de negócios emergentes, e recentemente participou como investidora líder na captação de recursos da Série A pelo OneBanks, sediado no Reino Unido.
Sua tecnologia permite que vários bancos ofereçam serviços a partir de um único local físico a um custo significativamente inferior ao de uma agência tradicional.
Os clientes dos bancos participantes - tanto Pessoas Físicas como pequenos negócios - têm livre acesso a múltiplos tipos de transações, todos apoiados por um membro da equipe do OneBanks que é recrutado na comunidade local.
Agora, qual especialista em tecnologia previu isso há dez anos?
Descubra mais sobre como a Glory pode usar a tecnologia para ajudar suas agências em https://www.glory-global.com/pt-pt/industries/financial-institutions
E para saber mais sobre o OneBanks, visite https://onebanks.co.uk/